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O pobre assistente - puído no casaco, no coração, no corpo e no cérebro: eu o vejo agora. Estava sempre limpando seus velhos dicionários e gramáticas com um estranho lenço, zombeteiramente enfeitado com as alegres bandeiras de tôdas as nações conhecidas do mundo. Êle gostava de tirar o pó de suas velhas gramáticas: isso, de algum modo, fazia-o suavemente recordar-se de que era mortal"
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O intenso dá sentido à existência. A questão é que, na maior parte do tempo, o intenso não está lá. O intenso é pontual, isolado. Não terá sido por isso que, desde as mais arcaicas e obscenas pinturas rupestres à contemporânea pintura abstrata, criamos a arte para tornar minimamente cotidiano o efêmero intenso da existência? Em meio ao intenso e a arte, super-homens puídos e sem escola sustentam a verdade como se fosse a pena da leveza do ser. E são.
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